quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Idéias sobre Storytelling




Quando o novo Mundo das Trevas chegou ele trouxe sistema e cenário novos. O sistema nem se fala, muito mais dinâmico e prático, seja nas rolagens de dados seja nos combates. Nunca mais dividir paradas de dados para atacar e defender. Sem numerosas falhas críticas porque seu personagem é bom em algo. Agora isso só acontece quando suas chances são mínimas e você joga do dado de sorte. Eu cansei de ser muito bom em certa habilidade e conseguir um monte de 1s porque quanto melhor seu personagem era, mais dados tinha e maiores eram suas chances de se ferrar. Muitíssimo melhor. Além de um sistema de comportamento bem melhor e abrangente com os pecados capitais e virtudes cardeais se comparar com o natureza e comportamento do anterior. Já o cenário básico se tornou bem mais rico. Para começar o "mortal", pessoa comum passou a ser protagonista. Com  livro básico jogadores podem criar histórias de qualquer tipo. Podem ser sobre ficção científica, histórias de fantasmas, terror, investigação policial, aventura urbana ou estilo Indiana Jones. Enfiam, tudo que não precisar de regras sobrenaturais está disponível para os jogadores com esse livro na mão. E até mais se o narrador se dispuser a criar regras ou adaptá-las. Isso sem contar os livros de "cenário", criaturas, ou como é definido em inglês, templates. Eu já joguei/narrei muitas variadas histórias com o basicão e confesso que é meu favorito. Já joguei aventuras com alienigenas, historias policiais, historias de terror com assombrações (cujas regras diferenciadas esta no livro básico).


A Máscara

Eu gostava do Vampiro a Máscara, joguei um cado. Mas minha época de fascinação com vampiros passou - sou da época de Drácula de Bram Stoker e de Entrevista com o Vampiro nos cinemas e livros, nada de Crepúsculo, Vampire Diaries - e o jogo não correspondia aos romances que me cativaram tanto. Seja por azar ou pela proposta do jogo em si, não sei ao certo. Sei que o jogo não ajudava muito. Os livros eram dois, um a parte narrativa, textos de capítulos, romances de clã e sugestões que eram fascinantes. Outro era o jogo a partir das regras. Saturado de clãs e com uma dinâmica que proporcionava aventuras do tipo juntar experiência e evoluir e o horror prometido na proposta bem distante. E nada de imortalidade também, afinal o sistema não foi feito para que a história se passeasse durante os séculos, mas sim em um dado momento.


Vampiros Mitológicos

Claro que isso não impedia o narrador criativo e empenhado. Mas quando o livro diz uma coisa e o narrador outra os jogadores se vêem contrariados. Os Vampiros mitológicos por exemplo, da Daemon, por mais que não seja meu sistema de regras favorito, aplaudo de pé Del Debio por conseguir criar um jogo utilizando de ideias muito mais adequadas e por cumprir sua proposta. Por exemplo, no sistema Daemon os jogos cujo personagens são imortais, não juntam experiência nem sobem de nível, eles progridem pelo tempo de existência de acordo com uma tabela universal para esses tipos de criaturas. Então a cada 10 anos eles ganham mais X pontos de atributos, mais Y poderes, mais Z perícia e por ai vai. Uma coisa já foi resolvida, a proposta do jogo condiz com a ideia intemporal do vampirismo. No livro tem uma linha temporal desde a antiguidade até os tempos modernos com os principais acontecimentos para o narrador se orientar e criar aventuras nos períodos históricos. O jogo FOI feito para que se atravessasse séculos. Outra boa sacada sua é que não faz do "horror pessoal" sua proposta, mas sim sua inspiração cinematográfica e literária, o que se aproxima muito dos romances de Anne Rice e inclusive as regras são feitas pra isso.


Réquiem

O novo Vampiro deu uma grande reformulada no cenário e personagens. Descartando a antiga mitologia e adotando uma nova que a mim soa muito melhor. O principal e melhor é que não existe uma origem certa para os vampiros que como mortais, têm que escolher no que acreditar, ou não. Muito, MUITO melhor que o antigo caitinismo e Gehenna. Os clãs cairam de dezenas - considerando todas as opções de suplementos - para cinco, o que é bem melhor também. Os cinco clãs são até mesmo uma criação metafórica, já que não existe origem nem vampiro progenitor de um clã. Cada um clã representa uma natureza do mito dos vampiros. O Belo e Sedutor (Deva); O Alfa e Dominador (Ventrue); O Monstruoso (Nosferatu), O Misterioso e relacionado à escuridão (Mecket) e o Animalesco, o Bestial (Gangrel). A idéia é muito bonita.

Ainda sim existem os clãs e a hereditariedade e eu penso nisso como uma limitação. Mais do que uma limitação, é um elo com o antigo jogo que não se conseguiu desfazer. Sugiro então, aproveitando a idéia dos clãs serem facetas da maldição, que sejam abolidas a instituição social dos clãs. Que a natureza de cada um que for transformado em vampiro transforme a maldição em algo único. Como em entrevista com o vampiro quando Lestat ensina Lois e esse não consegue fazer o que seu professor é capaz (no caso ler mentes) Lestat diz que o "presente das trevas" é diferente para cada um. Isso condiz com o tom de mistério que permeia a proposta do novo jogo em contraste com o cientificismo do antigo que tentava explicar tudo. Via de regra os clãs se mantêm, mas no cenário não. Uma pessoa abraçada por um vampiro cuja maldição representa uma faceta (ou clã)  poderia muito bem assumir uma bem diferente e considerar as caracteristicas e defeitos normalmente. Mas sem existir os clãs no cenário, hereditário, ou mesmo uma diferenciação social qualquer por conta disso. Você terá em mãos um jogo muito mais próximo dos romances de Anne Rice, Bram Stoker e outros. Mesmo porque existem as coalizões e isso já dá pano pra manga o suficiente para disputas sociais. E acaba com o "racismo" do jogo que existe entre os clãs. É facil tomar decisões quando o npc é de um clã inimigo, mas quando a escolha depende unica e exclusivamente do jogador a interpretação conta muito mais.

Outra Referência Interessante

Uma referência bem diferente porém interessante que inclusive não possui diferenciação entre os vampiros são aqueles que aparecem em Supernatural. Ok, eles são bem diferentes. Com uma fileira de dentes retráteis como unhas de gato, alergia ao sol, mas não mortal, poderes nada misticos. Eles são poucos mais que animais na cadeia alimentar. Quando são transformados além de não envelhecerem se tornam mais fortes (mas não muito), ganham sentidos aguçados, agilidade ampliada e só. Vivem em bandos de uma média de 5 a 10 vanpiros que costumam serem nômades para não despertar suspeitas das pessoas comuns. E são bem humanos, tal qual nos jogos de interpretação dos quais estamos tratando.




Lobisomem os Destituidos

Outro que vale a pena comentar. Primeiro as regras se tornanram muito melhores em qualquer aspecto do funcionamento do jogo. Mas o cenário sofreu uma revolução para melhor. Nada mais dos Ecoterroristas com superpoderes de antes. Nem um mundo espiritual bizarro e confuso. Os lobisomens sairam ganhando, seu cenário se tornou bem mais amplo e as possibilidades de interpretação bem maior. Se antes existia o bem de um lado (os lobisomens é claro) e do outro o mal (a Wyrm e seus lacaios) por mais que pudesse utilizar das richas entre tribos no novo jogo a decisão é abstrata. Os proprios protagonistas não possuem nada de bonzinho, não existe um inimigo universal, mesmo que os "Puros", lobisomens antagonistas sejam recorrentes. E assim existe muito mais opções de interpretação. Outra coisa que mlhorou e muito foi o mundo espiritual. O que antes era a Umbra agora se chama Sombra e agora FAZ sentido. Em regras e cenário. No Antigo, Lobisomem o Apocalipse, o cenário era muito mal explicado e os jogadores e narradores ficavam perdidos. Sem contar que podia sair qualquer bizarrice de qualquer lugar. Agora não, a Sombra é um lugar limitado fisicamente e em regras controlável pelo narrador. Os lobisomens não entram a qualquer momento nela, existem as brechas entre o mundo físico e o espiritual que é onde eles têm acesso e podem fácilmente se perder por lá. O que acontece no mundo fisico afeta o espiritual e vice e versa de forma que não adianta em nada tomar conta de um lado e descuidar do outro. Se for tomar conta de seu território certifique-se que o espirito da dor não vai inflenciar um crime a acontecer e que um crime qualquer dê origem a um espirito da dor e do medo.

Uma ressalva, tanto ao antigo quanto ao novo, é o seguinte: Por que diabos lobisomens entram no mundo espiritual? Um jogo de lobisomens sem nada espiritual e nem dons certamente poderia ser muito interessante. Assim como a citação acima sobre os vampiros, mais uma criatura na fauna do mundo. Poderia se criar várias histórias assim onde os lobisomens seriam realmente amaldiçoados, hereditários e como não teria dons nem espíritos, nem ao menos tribos. Aqui sim poderia se extirpar por completo a noção de tribo pois elas são puramente espirituais no jogo. Pareceriam com os Lycans de Underworld. Um mundo inteiro de referências para se criar histórias.

Por outro lado o lado espiritual do jogo poderia ser aproveitado facilmente. É muito rico, bonito e divertido. Por que diabos bichos que viram monstros meio gente meio lobo é que está relacionado a isso? Resposta: porque não quiseram mudar tanto em relação ao antigo jogo. Mas pode-se facilmente pegar essas regras espirituais, com dons e tudo mais e aplicar a pessoas comuns que por qualquer motivo se tornaram ligadas ao mundo espiritual vendo coisas que ninguém mais é capaz. E ai está mais uma inspiração de vastíssima possiibilidade. Seriam como xamãs ou feiticeiros. Seriam pessoas que foram tocadas pelo outro mundo ou que foram tragadas para lá. Seriam histórias de terror muito mais eficazes do que com monstros furiosos capazes de causar muito dano e regenerar de forma sobre humana. Seriam pessoas comuns que se perdem no mundo espiritual e que por mais que aprendam dons, são só humanos em um mundo desconhecido com poderes relativamente limitados. Claro que o jogo seria bem menos sanguinário assim, mas teria o pontecial de gerar muito mais medo e tensão

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Pesadelo



Assisti recentemente o filme O PESADELO no qual acompanhamos a historia de um jovem que perdeu o pai quando criança e sua mente fértil criou a ficção de que o pai foi levado pelo Bicho Papão que saiu do closet de seu quarto. Esse jovem cresce mas nunca supera o trauma. Sua mãe morre e ele decide voltar para a casa de sua infância para tomar decisões sobre as coisas que herdou e lá descobre que o o monstro em seu armário realmente existe e têm levado pessoas há muito tempo.

Enredo simples, não há nada demais que se esperar. Um filme de terror comum, como tantos outros. A não ser pela ideia e visual que mesmo com efeitos toscos, tem seu estilo. Esse filme lembra demais Changeling, infelizmente ainda não traduzido. É dever de todo jogador de rpg tirar inspiração e referências dos mais variados lugares, literalmente tirando leite de pedra e ai está, a inspiração da semana. Para quem curte o cenário, vale a pena assistir esse filme que reflete tão bem uma das principais idéias de Changeling.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Old Dragon


"Buenas Noches Malditos!

Como o Dragão Banguela é o blog de RPG mais atrasado do mundo, todos já devem ter escutado sobre o projeto Old Dragon. O que? Não ouviu falar? Onde você mora? Em uma caverna? Então leia o infame post e descubra o que é o projeto Old Dragon...

... Bom, o Old Dragon é um sistema de RPG brasileiro que nasceu de um projeto dos sites Paragons e Vorpal e utiliza a licença OGL do sistema d20.

Agora você deve estar se perguntando "Mas que porra isso me interessa? Há tantos sistemas brasileiros por aí! O que essa bosta tem de especial?"

Então eu vos respondo caros gafanhotos:

O Old Dragon, simplesmente é um sistema voltado para a galera da "Velha Guarda" do RPG (lá das antigas, na época do AD&D).
Pelo pouco que eu li, parece ser bem interessante. Ficou uma mescla de AD&D com D&D 3.5.

Lembram-se dos Testes de Resistência de Sopro de Dragão e Paralisia/Transformação do AD&D? Pois bem, existem no Old Dragon.
Lembram-se (é claro que lembram ¬¬') do famigerado TAC0? Pois bem, felizmente, para simplificar as regras de combate, ele foi retirado.

Quanto a parte artística do livro, não tenho o que reclamar, apesar do interior ser em P&B, a arte do livro ficou maravilhosa, parabéns aos cabras que foram responsáveis pelo design do livro. Nota 10.

Estou louco para imprimir e jogar essa bagaça com o meu grupo, e o melhor de tudo é que como é um RPG "comunitário", todos podem ajudar na melhoria do sistema (que nem é no Tagmar).

Abaixo há uma pequena sinopse que 

roubei
 gentilmente coletei do site Paragons:

"A ideia por trás do Old Dragon surgiu do descontentamento com relação às novidades nos nossos RPGs favoritos. O Old Dragon nasceu porque acreditamos que o RPG pode ser mais imaginativo, mais caótico e não tão equilibrado e pasteurizado quanto a nova onda dos jogos atuais que tanto recebe críticas por aí.

Movido pelo método old school de se jogar, o Old Dragon não busca emular os jogos dos anos 70 e 80, em que o mestre tinha maior poder sobre o jogo e onde não havia uma busca obsessiva pelo equilíbrio e pela padronização. O Old Dragon busca ser um jogo com temática old school, baseado na desnecessidade de regras para controlar toda e qualquer situação, deixando para que o mestre adjudique com base no seu bom-senso.

Depois de 10 meses de concepção, escrita, testes, revisões e muito trabalho, eis que lançamos finalmente o Old Dragon, o primeiro RPG exclusivamente Old School e nacional, a usar as regras da OGL do sistema D20."


Bem, quem quiser participar ou conhecer melhor o projeto Old Dragon pode acessar a página oficial nesse link aqui
.

Sinceramente, torço muito para que isso dê certo e que o Old Dragon se consolide como um sistema de RPG de renome no Brasil."


Texto retirado do Dragão Banguela 
http://dragaobanguela.blogspot.com/2009/10/downloads-old-dragon-o-rpg-old-school.html

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fábulas RPG


Não é incomum histórias em quadrinhos e desenhos animados inspirarem jogadores de RPG a fazer adaptações. Sejam elas caseiras ou compartilhada com muitos em comunidades de RPG. A Editora Daemon com seu prórpio fórum por exemplo já publicou dezenas de Netbooks enviados pelos jogadores e transformados em PDF e disponibilizados gratuitamente no site para quem quizer.

Uma HQ que tem ganhado pretigio e fãs e comparada inclusive a obra de Neil Gaiman e que com certeza é uma boa fonte de inspiração para RPG é Fábulas, de Bill Willianghan e do selo vertigo, fábrica de revistas de temas mais adultos que deu origem a Sandman, Hellblazer e muitos outros.

Em Fábulas os autores fazem uma releitura dos contos de fada já conhecidos de uma forma mais adulta e os transporta para o nosso mundo. Eis como: Um invasor surgiu em algum reino mágico de alguma fábula e a conquistou e a partir de então passou a invadir e conquistar mundo por mundo as terras mágicas dos contos de fada, obrigando alianças, escravizando milhares e matando os opositores. Alguns que sobreviveram ou conseguiram fugir escaparam para o nosso mundo, o Mundo Mundano como chamam, e nele aprenderam a viver. Se encontra nesse mundo Pinóquio, Branca de Neve, O Principe Encantado, João das Lorotas (e do Pé de Feijão), Os três Porquinhos, O Lobo Mau, dentre muitos outros que criaram comunidades de Fábulas e vivem arranjando confusão. As Fábulas são de natureza mágica e não envelhecem e muitas detem poderes sobrenaturais. Vivem em conspirações umas contra as outras e planejando retomar suas Terras natais do Adversário.

Um RPG baseado em Fábulas poderia ser um jogo em que os jogadores criassem seus próprios conto de fadas para dai então tirar seus protagonistas e envolvê-los no contexto de Fábulas. Seja nas batalhas de invasão nas Terras Natais; seja aventuras históricas de personagens de Fábulas em momentos da história do nosso mundo; ou seja com os persnagens no mundo contemporâneo arrumando confusão e ou tentando reconquistar sua terra natal. Um jogo de narrativa sobre contar histórias como o é a série de HQ Fábulas certamente é uma boa fonte de diversão e boas histórias.





sexta-feira, 15 de abril de 2011

Supernatural - fábrica de idéias





Supernatural é um seriado divertido. Dois irmãos viajando pelo país de carro, uma boa referência de "On de Road" de Keroac e a geração Beat caçando monstros que ninguém além de algumas poucas pessoas estão cientes da existência ou acreditam. Não é nenhuma obra de arte, não é nenhum Shakespeare, mas é um prato cheio para admiradores de historias de monstros e terror, embora não seja lá muito aterrorizante.


Um dos pontos fortes do seriado é a releitura que fazem de inúmeros clichês e lendas urbanas. Tem de tudo, desde vampiros e lobisomens, até poltergeists e a loira do banheiro. Com lugares mal assombrados, objetos amaldiçoados, antigos deuses e até cemitério indígena. Outro ponto forte é a forma com a qual as historias são contextualizadas, principalmente no inicio da série, coisa que se perdeu um pouco desde a terceira ou quarta temporada. Os personagens não estão isolados no mundo, como geralmente acontece com filmes de terror, onde os protagonistas são o eixo no qual gira a história e o resto é apenas papel de parede. Em Supernatural, pelo menos no inicio, os protagonistas lidam com outros personagens, autoridades, jornalistas, enfim, eles não estão isolados na história e precisam ser criativos para se darem bem em suas aventuras sem deixar pistas ou serem presos.

Mas para jogadores de RPG Supernatural se torna interessante de outra forma. Ele é uma fábrica de idéias para quem curte os cenários que são baseados no mundo real, misturado com sobrenatural, tal como Storyteller, Storytelling e Daemon (citando os que têm ou são publicações em português). Não se trata de usar as mesmas histórias necessáriamente, mas de se basear na forma de construção de enredo e criação de monstros. Em nenhum outro seriado ou filme tem-se tantos exemplos e nem tão bons de assombrações, por exemplo. Todos os monstros em Supernatural - ou quase todos - servem como inspiração para se criar os seus próprios.

E ainda pode-se dar atenção a alguns específicos que são variações de monstros já comuns como os Vampiros, que são bem diferentes dos usuais da White-Wolf, Anne Rice ou Crepúsculo. Os SkinChangers que são uma variação da ideia de Lobisomem e similares aos Skinchangers do Storytelling. Sem contar com um sistema rico e divertido sobre assombrações e fantasmas e como lidar com eles, tudo sem ser necessário que os jogadores sejam eles mesmos criaturas sobrenaturais. Tem também um próprio esquema de bruxaria. Um espacial foco nos anjos e demônios possuidores de corpos, ambos muito sacanas, que são o foco da série.

Vale a pena dar uma conferida quando tentar criar uma história de terror sobrenatural e quem sabe encontrará alguma inspiração ou até mesmo uma criatura que resolva utilizar.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

SECOND SIGHT Paranormalidade e mais opções de sobrenatural para O Mundo das Trevas

 

Second Sight, ou como será traduzido pela Devir, "Sexto Sentido" ainda esse ano - se mantiverem a palavra dada no blog oficial da editora - oferece varias opções de sobrenatural para o Mundo das Trevas. Usando ou não em conjunto com outro livro de criatura do WoD ele possui ótimas idéias. Se o narrador desejar fazer uma história de terror sobrenatural sem utilizar os diversos e complexos universos que compõec ada criatura sobrenatural ele tem nesse livro opções genéricas que combinam com o livro básico.

Para os jogadores (e narrador)  que querem uma história de terror com sobrenatural sem que os jogadores se tornem alguma das criaturas sobrenaturais, mas que possuam sim alguma forma de interação com esse sobrenatural esse é O livro indicado. Nele você encontrará opções para personagens (e antagonistas) com capacidades paranormais, telepatas, mediunicas, videntes, cultistas (ao bom e velho estilo Call of Ctchullu) no qual a origem pode ser qualquer uma. Seja através de contato com entidades sobrenaturais, pactos com forças superiores ou abduções alienigenas. 

Têm também um capítulo dedicado a magica que, diferente da magia de "Mago o Despertar" é bastante fraca e sutil. Principalmente simpatias que dão certo. Que permitem os personagens se envolverem com o sobrenatural mas que não lhes dão poder necessariamente. O texto deixa claro que os rituais possui algum poder, os conjuradores não. Os rituais são demorados e de efeitos simples que podem ser considerado apenas coincidência pela maioria dos observadores, mas que os jogadores têm certeza de que é magica. Uma boa alterantiva ao cenario de magia do Novo Mundo das Trevas para aventuras com mais terror e menos exagero.